Paciente denuncia quadro insuficiente para atendimento na UPA: “Tinha gente desmaiando”

Ao sentir fortes dores abdominais, Eliana Figueiredo saiu de sua casa no bairro Areia Branca e foi a UPA 24h em Petrolina. Chegou à unidade de saúde as 02h da madrugada do domingo e só foi atendida às 04h30. Segundo o relatou ao participar do Programa Nossa Voz na manhã desta segunda-feira (03), o local contava apenas com um médico e durante as duas horas de espera ela presenciou situações preocupantes.

“Um médico só para muita gente chegando doente, enferma, tinha gente desmaiando, tinha uma mulher com epilepsia caindo pelo chão se batendo. Tinham pessoas idosas com a pressão muito elevada desmaiando. Tinha gente sangrando e um médico só para atender dores de cabeça, dores abdominais, quem desmaia”, descreveu.

Preocupada com a situação, Eliana até sugeriu um esquema para melhorar o atendimento da população. “Eu quero sugerir através da Rádio Grande Rio FM que os responsáveis pela UPA que coloquem dois médicos. Um residente para atender pequenas enfermidades e um profissional da área já experiente para emergências dessa qualidade de pessoas com doenças mais graves. Porque um só médico para atender muita gente fica sobrecarregado”. Apesar da longa espera, ela conseguiu atendimento. “Não estou reclamando porque cheguei 02 e fui atendida 4h30, estou reclamando porque: um médico só para atender no final de semana para atender casos graves?! Então fica aqui minha indignação, minha tristeza porque são tantos médicos que nós temos”, lamentou.

Em nota a assessoria de comunicação da UPA de Petrolina esclareceu que a unidade “possui três médicos em cada plantão noturno e que nos 01 e 02 de junho (sábado e domingo) as escalas estavam completas. Inclusive, nunca houve na história da UPA um plantão desfalcado.

A paciente Eliana Moreira de Figueiredo deu entrada no serviço às 2h46 e foi atendida pelo médico às 04h17, tendo sido classificada com verde (não urgente). O tempo de espera (que está dentro do protocolo) foi um pouco maior do que o esperado devido à uma intercorrência na sala vermelha.

A classificação de risco, baseada no Protocolo de Manchester, avalia e identifica os pacientes que necessitam de atendimento prioritário de acordo com a gravidade clínica, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

Para tirar dúvidas sobre o sistema de acolhimento e triagem adotado pela UPA de Petrolina, a população pode entrar em contato com a Ouvidoria do serviço pelo telefone (87) 3866-9615”.  Fonte Blog do Nossa Voz – Karine Paixão

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