Tia diz que família de piauiense foi carbonizada por causa de herança
Com exclusividade para a Rede Meio Norte, Francisca de Sousa, tia do piauiense Romuylki Veras Gonçalves, morto carbonizado com sua família no interior de um veículo, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, falou com mais detalhes sobre o caso e a relação da família. Segundo ela, o que teria motivado o crime, seria herança. A esposa, Flaviana Gonçalves, de 35 anos, natural do Estado de Minas Gerais; e o filho do casal, o jovem Ruan Vitor Gonçalves, de 15 anos, também foram as vítimas no crime, que chocou o país, sendo comparado até com o de Suzane Richthofen.
“Ele era um menino muito bom, trabalhador. Ele gostava demais dessa filha dele. Os dois filhos eram os bens que ele tinha na vida”, disse Francisca sobre Romuylki Veras, muito emocionada em depoimento.
O veículo foi encontrado carbonizado com os corpos na tarde desta terça-feira (28). O caso está sendo investigado pelo 6º Distrito Policial de São Bernardo do Campo. Já na na tarde desta quarta-feira(29), a Justiça de São Bernardo do Campo decretou a prisão temporária dos principais suspeitos do crime, que seriam a filha Ana Flávia Gonçalves, de 24 anos, e a companheira dela, Carina Ramos, 31 anos.
O casal é suspeito de ter matado os pais e o irmão de Ana Flávia. As duas foram presas quando estavam a caminho do escritório de um advogado. A Polícia Científica fez a perícia no veículo e, de acordo com um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML), aponta que a família teria sido morta em decorrência de pancadas na cabeça. A informação foi confirmada pela polícia.
No entanto, para a tia, no caso há mais pessoas envolvidas. “A gente nunca imaginou que na nossa família ia acontecer um caso desses, eu creio que foi induzida por aquela bandida que está com ela, mas não foi só as duas que fizeram isso ai não, tem mais gente no meio, elas não tinham capacidade de fazer isso tudo sozinha não”, afirma Francisca de Sousa.
Sobre as prisões
O delegado titular e chefe da divisão de homicídios de São Bernardo, Paul Henry Bozon Verduraz, informou que o pedido de prisão foi feito porque as duas suspeitas entraram em contradição em diversos pontos do interrogatório. O delegado afirma ainda que o depoimento de uma testemunha também foi decisivo. Os investigadores esperam o resultado da análise dos celulares das duas mulheres, e acreditam que outras pessoas também possam estar envolvidas no caso. Até a noite desta quarta (29), dez pessoas já tinham prestado depoimento à polícia.
Herança como motivação do crime
Em relação a motivação do crime, Francisca de Sousa acredita que o que teria motivado seria a herança da família. “Foi herança. Além do pai dela ser super bem de vida, a mãe dela tinha recebido uma heranca agora pouco de um tio que tinha falecido. Ela pegou esse dinheiro e não botou no banco, botou no cofre, é tanto que a única coisa que foi arrebentada em casa foi o cofre”, revela.
Assista ao depoimento com exclusividade na íntegra:
Sobre as comparações com o caso Richthofen, a piauiense disse que chegou até ser pior, pelo requinte de crueldade que foi. “Esse crime foi pior que o da Suzane. Não precisava ela fazer uma coisa daquelas, matar e tocar fogo neles. Ela foi cruel demais, não tem perdão aquela menina ali”, completa.
Fonte: Meio Norte