Dois filhotes de ararinha-azul nascem em Curaçá e renovam expectativas contra extinção da ave

Um marco importante na preservação das ararinhas-azuis foi registrado por pesquisadores. Dois filhotes nasceram em um dos ninhos artificiais que foram fixados no alto de uma Caraibeira, no município de Curaçá, na Bahia. Segundo os pesquisadores, “a primeira ninhada de ovos se mostrou infértil, mas a determinação do casal [de pássaros] prevaleceu, e a segunda ninhada continha dois ovos férteis, levando ao nascimento de dois filhotes saudáveis.”

Sobre o nascimento, é “estimado 10 dias, mas como não podíamos acessar o ninho para estressar e aves abandonarem os filhotes só conseguimos confirmar a saúde e sucesso agora”, explicou um dos pesquisadores. Com isso, o objetivo final do Projeto de reintrodução da ararinha-azul é estabelecer uma população reprodutiva dessas aves na natureza.

A jornada para reintrodução começou em 2000, quando a última ararinha-azul conhecida na natureza desapareceu. Esse incidente abalou a comunidade de conservação de aves e desencadeou um esforço conjunto. Criadores privados, zoológicos e o Governo Federal reuniram as aves em cativeiro restantes para criar uma população que pudesse um dia ser reintroduzida na natureza.

Sobre os espécimes, o casal, formado pelo macho Bizé, que recebeu o nome em homenagem ao saudoso comunitário curaçaense, com uma fêmea liberada em dezembro, formaram a primeira família em vida livre com dois filhotes recém-nascidos. Os pesquisadores iniciaram o monitoramento dos filhos e dos pais de primeira viagem que estão se saindo bem nos cuidados iniciais – um ótimo comportamento e um marco promissor para o futuro da espécie.

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