Depois de séculos, o número da população mundial deve cair, diz previsão da ONU

Segundo o relatório Perspectivas da População Mundial em 2024, divulgado recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU), a década de 2080 pode ser determinante para o futuro da humanidade. É estimado que, a partir desse período, o número de habitantes da Terra comece a diminuir.

Em 1924 haviam cerca de 2 bilhões de seres humanos na Terra. Em 2024 somos mais de 8 bilhões. Desde o fim da a Peste Negra, em meados do século 14, a população mundial vem crescendo exponencialmente. Mas séculos depois, devemos nos preparar para o começo de um declínio populacional.

“Em alguns países, a taxa de natalidade agora é ainda menor do que o previsto anteriormente, e também estamos vendo declínios ligeiramente mais rápidos em algumas regiões de alta fertilidade. O pico mais cedo e mais baixo é um sinal esperançoso. Isso pode significar pressões ambientais reduzidas de impactos humanos devido ao menor consumo agregado. No entanto, o crescimento populacional mais lento não eliminará a necessidade de reduzir o impacto médio atribuível às atividades de cada pessoa individual”, disse Li Junhua, Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais em um comunicado à imprensa.

Essa é a vigésima oitava edição do documento da ONU, e dessa vez traz algumas mudanças de perspectivas do futuro da humanidade interessantes. Primeiramente, o pico populacional deve ser atingido mais cedo do que o estimado anteriormente.

As previsões da análise indicam que muitos países, inclusive, já atingiram seu pico populacional. Fazem parte desse grupo 63 nações, entram na lista países da Europa como a Alemanha e a Rússia, e também alguns que outrora foram responsáveis pelo boom populacional do mundo, como a China e o Japão. A lista inclui 48 países cujo pico populacional deve acontecer entre 2025 e 2054. É aqui que está o Brasil, ao lado de nações como Turquia e Irã.

Outros 126 países devem continuar crescendo depois de 2054. Aqui entram os Estados Unidos, a Indonésia, o Paquistão, entre outros. Esse grupo também inclui algumas nações que a ONU acredita que dobrarão de população nos próximos 30 anos, como a Somália, o Níger e a Angola.

De acordo com a ONU, apesar da previsão de redução populacional a partir de 2080, a expectativa de vida deve aumentar. “Nas últimas três décadas, as taxas de mortalidade diminuíram e a expectativa de vida aumentou significativamente. Após um breve declínio durante a pandemia da COVID-19, a expectativa de vida global ao nascer está aumentando novamente, atingindo 73,3 anos em 2024, ante 70,9 anos durante a pandemia. No final da década de 2050, mais da metade de todas as mortes globais ocorrerão aos 80 anos ou mais, um aumento substancial de 17 por cento em 1995”, diz o órgão. (Olhar Digital)

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