Gilmar Santos demonstra preocupação com privatização de serviço de água e esgoto
Autor do requerimento que proporcionou a realização de uma audiência pública que debate sobre os 70 anos da Declaração de Direitos Humanos e sua utilização nas políticas públicas realizada na manhã de hoje (30) na Câmara Municipal, o vereador Gilmar Santos (PT) além de comentar os pontos frágeis da aplicação desses princípios, apontou a falta de saneamento básico como um fator compromete a dignidade das comunidades petrolinenses. Em entrevista ao Nossa Voz, o parlamentar lamentou a situação das comunidades periféricas e apontou a mobilização como principal caminho na solução do problema.
“São casos graves que requerem especialmente uma mobilização política, seja por parte dessas comunidades que são atingidas, mas principalmente pelas lideranças que foram eleitas para representar a nossa população. A questão concreta que nós temos aí é uma vontade política, precisa ser uma vontade imposta a essa negligência que é histórica. Já se passam mais de três décadas, algumas comunidades vivenciando esse descaso”, relembrou.
Santos também aponta o impasse entre a Compesa e a Prefeitura de Petrolina como um fator dificultante. “Nós sabemos que existem questões jurídicas nessas questões entre Compesa e o Município, mas acima delas nós temos decisões políticas. Se hoje o prefeito Miguel Coelho quiser tomar uma decisão para qualificar a vida do nosso povo ele tem capacidade política para isso. Até porque ele tem demonstrado com seu pai e seu irmão, forças para captar muitos recursos em relação a obras diversas aqui no município. Por que não tem capacidade política para resolver essa questão do saneamento?”
Reconhecendo que o acelerado crescimento da cidade com a expansão de loteamentos, condomínios e invasões é um entrave a boa prestação de serviço, o vereador também demonstra preocupação com a privatização da concessão de água e coleta de esgoto na cidade. “De um lado temos a Compesa que presta um péssimo serviço, isso é denunciado pela população, mas tem o outro lado, uma expansão urbana de Petrolina desordenada. Diversas ocupações que a própria Compesa não consegue dar conta. E existe de um lado agora uma ameaça de que, saindo a Compesa, muito provavelmente, entrem empresas privadas. Nós temos uma questão iminente de uma privatização dos serviços de saneamento do nosso município”.
Gilmar Santos ainda cobra da administração municipal a consulta popular antes da efetivação de uma nova empresa na cidade. “As experiências que temos de privatização, são sempre muito ruins. Porque uma empresa privada tem foco principalmente no lucro. Ela não estará preocupada com o direito do cidadão, diferentemente de uma discussão sobre municipalização porque aí você consegue ampliar um pouco mais. Porem, mesmo assim é necessário que toda a sociedade, a população, seja convidada a discutir para que a gente não seja pego de assalto simplesmente porque o prefeito não se entende com o Governo do Estado, com Compesa, vai entregar para uma empresa privada um serviço fundamental de grande importância para a nossa população. Então tudo isso precisa ser levado em conta”, argumentou. Fonte Site da Grande Rio FM por Karine Paixão